Sobre o filme "Sunshine - O Despertar de um Século"


Um filme obrigatório.

Quatro gerações de húngaros atravessando o berço imperial até a expulsão dos comunistas, tudo sob o seio doméstico. Amores e desamores revelam a volatilidade dos conceitos, regimes e intentos de igualdade. Deixou nítido como a política, bem como a religião, são subterfúgios para manipulação do interesse de poucos, independente do regime. Ou seja, estamos todos fadados à natureza autopreservativa dos líderes como previu George Orwell's em "A revolução dos bichos". Via de regra, coloque poder nas mão de alguém para conhecer sua corruptibilidade. Ainda, diante do poder distribuído, numa aristocracia ou democracia, algumas poucas laranjas podres podem comprometer as demais. Talvez o sistema seja fruto da nação. Somente existem revoluções populares quando não mais há identidade, fato ocorrido na Hungria em 1956 ou no Egito em 2011. No mais, um povo deve continuar vendo seus políticos como espelho, sobretudo no sistema democrático representativo.







Data de lançamento: 1999 (mundial)
Direção: István Szabó
Lançamento em DVD: 8 de maio de 2001
Duração: 181 minutos
Trilha sonora: Maurice Jarre

Sobre o filme "O discurso do rei". Vencedor do Oscar 2011


Um filme interessante. Mostra como a humanidade é cretina ao imputar credibilidade à dicção ou outras digressões do normalizador senso comum.

Este filme mostra também como a escola americana continua idiota ao premiar histórias estereotipadas. Não que o filme seja ruim, mas não acredito que devesse conquistar um prêmio de tamanha notoriedade.

A narrativa segue a linha de qualquer filme que projeta as dificuldades do protagonista, gerando identidade com o expectador, cujo óbvio final da saga é o sucesso. Ou seja, por essa lógica, Karate Kid ou Rock deveriam conquistar o Oscar também, ou 99% dos filmes americanos.

Perdoem, acabei de checar que Rock Balboa conquistou o Oscar de 1977. Nota-se que os cérebros dos cineastas anglo-falantes continuam os mesmos.

Então é isso. Segue a receita de bolo para ganhar o Oscar. Acho que "quem quer ser um milionário" também se enquadra.

Deixo claro que todos os filmes citados me entretiveram, mas não posso elevá-los ao estado da arte. Embora, quem sou eu para julgar o que é ou não arte? Um mero espectador não inerte.



Veja o filme completo:




Data de lançamento: 26 de novembro de 2010 (mundial)

Direção: Tom Hooper
Roteiro: David Seidler
Fotografia: Danny Cohen
Gênero: Histórico , Biografia , Drama
Elenco: Colin Firth, Helena Bonham Carter, Derek Jacobi
Nacionalidade: Reino Unido
Prêmios: Oscar de melhor filme, Oscar de melhor ator, Oscar de melhor diretor

Sobre o filme "Os Girassóis da Rússia" com Sophia Loren e Marcello Mastroianni


Histórias, nossas histórias... Dias de luta, dias de glória. É assim que vislumbramos histórias e histórias que se passaram durante a grande guerra.

Ao imaginar o óbvio fim fiquei estupefato com o desdobramento triste dos amores consumados e consumidos pelo dever moral. Certamente a gratidão deve ter mais valor que a vida e esta mais que a família.

Ainda assim, a forma deste filme é melhor que o conteúdo. É belíssimo ver uma Rússia Comunista florescer em seus conjuntos habitacionais com luz e água encanada. Trens a cortar uma Europa em reconstrução e campos de girassóis tingindo o país do muro vermelho ainda em formação.

E claro, Sophia, sim, a musa do século passado, sem dúvida, irradiou mais que os campos e cemitérios que pisou.

Um belo filme.




Veja o filme completo:



Informações Técnicas
Título no Brasil:  Os Girassóis da Rússia
Título Original:  I Girasoli
País de Origem:  Itália / França / Rússia
Gênero:  Romance
Tempo de Duração: 101 minutos
Ano de Lançamento:  1970
Site Oficial:
Estúdio/Distrib.:  Versátil
Direção:  Vittorio De Sica

Elenco
Sophia Loren ... Giovanna
Marcello Mastroianni ... Antonio