Dessolilóquio

A gente tem que aprender a ser gente sendo a gente.
Cada vez mais me convenço que sou cada vez menos eu, e cada vez mais nós.
Nós no pronome, no substantivo e no predicado, não no pessoal.
Quem pensa que é ponto se perde no só, somos retas envergadas no gênero.
Sou menos no sujeito, que na espécie, que no gênero.
Se há um sentido para os sentidos, um mundo para objetos, a ordem se torna óbvia demais.
Esquecer é o exercício da razão do eu para cultivar reminiscências do nós.