Numa melodia permeando o vácuo de planetas em solidão jaz um príncipe que paralisa vias, homens a contar dinheiro, namoradas a contar estrelas, damas de beleza duvidosa e rosas tristes a se abrirem. A juventude corruptora por um momento irrompeu a sisuda postura de gente grande com questionamentos inconvenientes perpendiculares a intransigência. A dita dura fraqueza do homem ressurgiu na leveza do voo entre cordas, timbres e pombos. E a banda, abandonando o ponto de origem não tinha outro destino a não ser deixar tudo como encontrou num desencontro consigo na busca do desvelo, na busca do astro, na busca da morredoura quarta-feira. As rosas são rosas, abrindo ou não. E as estrelas continuam lá, tal qual moedas no tapete. Faça sua escolha, cative sua rosa antes que não ouça mais o som que retumba canções de amor, alecrins ou pierrôs, antes que o peito dorido perpetue o langor e a felicidade em amar se desvaneça, afinal, és eternamente responsável pelo cativo arbítrio da rosa e da sua terra pivotal de baobás. E nada de queixar-se do doce que acabara e voltar ao lugar de onde veio. Marque suas ladeiras e paralelepípedos com aquarelas e cinzas, aprisionando ovelhas e desertos, concretizando a ilusão do "é" sem deixar de enternecer e tocar a ideia do "existir".
