Espelho

Em face do amor irrefletido,
Me vejo errante convexo
Distorcido amaro amaria Amarante
Desnudo sem prédica, juízo. Pre(-)juízo.

Caminho fim tornado meio
Tempo meio, desacreditado despercebido
Estagnado numa máquina de divididos dividendos
De vidros, fluídos petrificados, olhar pétreo em ponteiros, pontas, aparas.

Alteridade alterada pelos halteres desleixados
Sem peso, massa, gravidade, física, metafísica
Tapetes, moedas, pedras, estrelas, caminhos.
Braços, abraços, retas, arestas, rotas, restos.

Sem outro, sem vista, à vista, sem prazo,
Eu cash. Eu trabalho. Eu mercado, eu mercadoria.
Eu externo no esterno, cerne no centro, certo no senso,
Sentido, sentindo, parado... parando... parado... presente, eu.


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