A que veio este blog?

Para um cientista (ou pretendente a) lidar apenas com fatos se torna pouco. Posso inventar um método analítico para mensurar em nanômetros o quão vermelha uma rosa é. Fazer apenas isso seria fascinante. Mas para mim não basta.

Este blog é um laboratório. Mas um laboratório do significado, não das causas, tão pouco dos fatos. Os fenômenos me interessam.

Lidar com a mais insossa das matérias-primas, o conhecimento, tornou-se meu ópio. Um vício incurável, marca indissociável do caráter. Não adianta, meu rótulo é esse. Ponto.

Navegar pelo significado da ciência, emoção, da alma é uma busca arrogante e antiga do homem, sempre a intentar contra o incólume Olimpo. Hoje os homens são os deuses, já que os matamos um a um. E sendo deuses podemos tudo.

Descrever um indivíduo como vetor binário e projetá-lo no espaço pode ser uma boa abstração, tanto quanto traçar suas marcas de personalidade, submodos, predileções e projetos. Transitar entre inferências ou deduções tornam-se as pegadas na areia daqueles que usam jaleco. Muitas vezes o mar leva estas marcas de posteres e resumos. Por sorte algumas poucas marcas são vislumbradas por um ser olímpico que as promove ao status de continuidade. E de ombro em obro de gigantes vai caminhando nosso doce e intragável saber.

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