Sobre "O anticristo", Friedrich Nietzsche

Realmente as deturpações do cristianismo foram um retrocesso para o espírito e para a ciência. Nietzsche não poupou a religião e seus fundamentos (os símbolos). Mas tive a impressão que poupou Jesus, mesmo massacrando seus princípios alcunhando-lhes como "antivida". Por não encontrar justificativa na virtude cristã as antagonizou. Tal exercício é relativamente fácil fazê-lo. Gostaria de saber como o autor se comportaria ao ver o rumo que a força religiosa tomou contemporaneamente. O enfraquecimento e a flexibilização assegurou sua precária sobrevivência enquanto instituição de poder. A constituição do homem vem se tornando mais científica e cética (como ocorreu na Alemanha de algumas décadas atrás). Sua condenável aproximação do científico com o religioso o converteu, pelo tom, num religioso anticristo, um simples antagonismo pelo antagonismo. Assim foi minha parca e limitada compreensão deste profuso e profundo revolucionário do devir. (set/2009)

Nenhum comentário:

Postar um comentário