Desinências e variantes do amor

Amar altivamente será desejar sempre bem o amado? Mesmo em detrimento da própria pessoa? E quanto estamos dependentes, quando escorre a lágrima solitária no rosto desfigurado pela saudade? Não seria simplesmente o único conforto ver bem o bem querido? O amor pode vir sozinho? Não seria dissonante? O amor pode ser puramente físico? Etéreo? Amor somente na candura? Platônico? Há amor na perniciosidade? Deve-se ser capaz de fazer tudo pelo amado? O amor faz sofrer? O amor é divino? Deseja, então, divinizar-se? A tudo consola? Há motivos para consolo quando se ama? Tudo não deveria tornar-se pleno? Há sofreguidão? Langor? Melancolia? Sempre há vida e força? Vigor? Ápice? Ou envereda pela neutralidade, equilíbrio? Existe ou é um conceito desmesurado para se explicar o que não se explica? (out/2003)

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