Sobre "Elogio da Loucura", Erasmo de Rotterdam

Façamos odes e libações à deusa Loucura! Despertemos a louca sabedoria, abdiquemos do predicado almejado na arcaica Grécia! Nobres, tolos, bispos, néscios, povo, vivos! A morte traz-nos a filosofia? Claro! Deve-se libertar do invólucro nefasto, sem esquecer de alimentá-lo. Das sutis maluquices às doideras desmedidas (triunfo maior). Somos todos doces templos cultuando nossos estereótipos, manias, objeções e consonâncias. Ah! paixões... doces e amargos licores a por lenha nessa máquina presunçosa e egocêntrica. Faça-me um favor: queime esta página, aliás, o livro todo!
Não! que impropério! Buscar a sabedoria é a maior das loucuras! É arriscar-se a ficar desgostoso e decrépito! Não é necessário exasperar-se. A Autora não conheceu os neofilósofos. Mas a obra é tão contemporânea que fez-me leva-la com insano sorriso...

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