Sobre "Humano, demasiado humano", Friedrich Nietzsche

Ainda na busca por inventar um artefato para mensurar a distância entre o Homo sapiens e o humano, vi nesta obra algumas das peças que poderiam compor meu intento. Será o "humano" tão cru, àquele que não vê nada mais que um copo pela metade? Cujas convicções vão minguando em nome da perscrutada certeza? Nossos desvios morais movidos pelas paixões não caracterizariam esse "humano"? O entusiasmo pela religião não caberia à ciência. Um bom humano toma por mãe a mansidão dos pensamentos em busca da verdade, a qual não pode ser irrefutável, pois viraria dogma. Mas e se a ciência tiver nascido dos impuros instintos descobrindo que a religião é sua avó, do tipo que se faz ouvir sem sabermos por que e nos faz acatar suas determinações mesmo sem entender?

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