Sobre "Crime e Castigo", Fiodor Dostoiévsk

O que dizer? A natureza de um crime é maleável? Um profunda psique pode se abalar. Loucura, bondade, confrontos íntimos. Ao não saber o que fazemos com as próprias vidas, terminamos por nos entregar ao inquisidor superego a julgar nossos atos alcunhados profanos. Pecar é irromper a consciência ou transgredir leis de mármore? Indivíduos sobrepujantes merecem isolamento? Miséria! Não basta ter dinheiro. Desonra! Não basta ter ideias. Basta! Os suores do meu corpo não mais perscrutarão a relação humana roçando na pele incandescente da sociedade. Não há erros e acertos, e a felicidade não depende de nada para perpetrar no vago da mente. Persignar-se oh! Sibila maquiavélica, beata incondicional, simples camponesa a remoer vosso néscio procedimento de rancor contido. Somos presunçosos.

- A vida é isto! - Sim, diriam os pessimistas. - Não! - os realistas ou aqueles que reconhecem sua cegueira. Cega humanidade! Se entregue para a redenção que jamais reparará seus erros.

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