Sobre o Filme "Thor", dirigido por Kenneth Branagh


O que você acharia da história de um nórdico, loiro, alto, musculoso e bem definido que viaja pelo arco-íris com seus amiguinhos usando roupas totalmente fashion e uma capinha da moda? Hum? Uma historinha totalmente gay, certo? E se eu disser que ele é um super herói que voa e tem um martelo? Sem graça, né?

Bom... mas eles conseguiram!!! Trouxeram a mesma coerência das narrativas verificadas em versões contemporâneas como Batman Begins, Super-homem, Homem-aranha, Iron man, Hulk, etc. As histórias originais abusavam do bom senso do expectador se tornando mais difícil engolir diante dos desdobramentos da ciência e da tecnologia. Assim, as novas roupagens felizmente revitalizaram misturando física e biotecnologia, afinal, não somos mais tão ingênuos.

Dentre as melhorias nota-se a transposição de Asgard para outro planeta e a transformação da ponte do arco-íris em um worm-role capaz de fazer a dobra do tempo e do espaço para um transporte muito mais coerente que o da jornada nas estrelas. A própria ironia em não negar os ares ridículos da história fazem do filme algo que valha a pena ser assistido.

Sim, Odim, o grande e sábio Deus, foi também um grande pai ao exilar seu filho como um pobre mortal no planetinha Terra. Daí retiramos a moral. Uma mensagem para os nobres e poderosos filhos de bons papais que mimados obtém tudo e se consideram herdeiros legítimos de impérios que não construíram. Odim ensinou a Thor que haverá sim a herança, mas desde que haja méritos. E tendo Odim como Anthony Hopkins, sempre terei a sensação que ele morderá a bochecha de alguém. Isso impõe respeito.

E como não poderia deixar de faltar em histórias de sucessão, temos o irmão invejoso. E sim, de forma muito original ele quase ouviria: - Eu sou seu pai! Nãaaaao... e dispararia espadas a laser em espaçonaves... opa... errei o filme. Desculpem. Mas sei lá... os habitantes de Asgard são tão poderosos que fiquei com dó dos habitantes gelados do outro mundo. Eu até torcia para a paz reinar entre eles. Talvez quando o filho pródigo retornar como rei de lá no segundo filme. Eu não duvidaria nada.

Assisti em 3D, mas se fizer falta não gastem seu dinheiro com isso. Até Alice no País das Maravilhas tem efeitos melhores quanto a este recurso. Mas o filme tem sua beleza que vale a telona. Não desperdicem seu dinheiro e sua saída com outros gêneros. Deixem as comédias românticas para ver em DVD com a patroa antes de uma linda tarde de amor. Esse tipo de filme merece um bom encosto de shopping.

Outro fato interessante é a cientista gata. Sim, isso é tão bom quando acontece, não? Principalmente para quem vive neste meio. E mais legal ainda, ela é muito inteligente e idealista. Perfeito. E se manterá fiel ao nosso nobre e valente guerreiro do martelo, que voltará a Terra no segundo filme depois de perder sua bola de vôlei e a encontrará com filho e marido.

Sim. Uma roupagem que lhe caiu bem. Uma moral de história batida na pedra do rio, passada e engomada. Uma boa surpresa como Iron Man. Histórias meio batidas que bem vendidas até compramos.

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